terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

NA BATALHA CONTRA O MAL

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NA BATALHA CONTRA O MAL

  1. INTRODUÇÃO
Quando ouço a palavra batalha penso logo em um campo de guerra. Esta é a imagem que vem a minha cabeça. O campo de guerra que imagino é florido de soldados feridos, caídos, gritando e gemendo com chuvas tempestivas de bombas e barulhos de explosões que são ensurdercedores. Mas a experiência mostra que as vezes o campo de batalha espiritual mostra-se muito diferente de um campo de batalha militar. Há, é claro, muitas semelhanças, mas não quero enfatizá-la por este motivo mesmo, de ser semelhante, quero expor as diferenças, pois é a diferença, neste caso, que faz toda a diferença.

Há muitas diferenças, as vezes esquecemos que o demonio possuem estratégias, veja bem que não digo, estratégia e sim estratégias, ou seja ele possui várias estratégias. A experiência prova que em diversos casos um ataque declarado do inimigo irá deixar o atacado em posição de alerta, deste modo, o demonio não terá muita condição de vencer. Deste modo o ataque que deve se esperar é o ataque silencioso e tranquilo. É o ataque que não se parece com ataque. É o soco que se parece com um afago. É a ferida que se parece com carinho. É o jogo do parece mais não é. O demonio possui a arte do teatro. Ele atua de forma formidável. O demonio, em ultima analise é um artista. Ele sabe atuar e o seu palco é o mundo. Neste sentido, ele faz com que entremos em sua peça e viemos a ser o ator que não sabe que está atuando. Porém a atuação do demonio não se dá de forma lúdica, mas si real e concreta, os efeitos desta peça, podem se tornar eternas e irreverssíveis.


  1. MINHA BATALHA
O demonio colocou-me no palco de sua atuação e me deu um papel que não queria. No final do espetáculo, sempre chegaremos a esta conclusão. Todo papel que recebemos, é grandioso, no inicio e deplorável no final. O demonio gosta de trabalhar em etapas, seu espetáculo e feito com roteiros que possuem processos e fases. As fases podem ser divididas assim: “meio – inicio – fim” ou assim “bom – exelente – ruim”. É lógico que esta perspectiva é para quem atua sem saber, para a vítima. O esquema para o próprio demonio é outro que não irei esboçar aqui.

O demonio gosta de iludir, a mim ele iludiu. Primeiro ele me fez pensar que possuia uma vida de merda. Uma vida chata e sem emoções. Veja o esquema, para dizer que o caminho dele é melhor é preciso que eu me convença que o meu caminho é ruim. Sendo assim, ele me mostrou o quanto a minha vida era chata e sem emoções. Ele quer despertar emoções. Quando as emoções afloram o pensamento é miguado. Quando as emoções são prioridades a sobriedade corre risco. Desta forma ele coloca a sobriedade em questão de todos os modos. Esses ataques são sutis e aparentemente inocentes. Como o demonio não atua sozinho ele usa pessoas, até mesmo, queridas por nós para tentar aflorar nossas emoções e nos emburrecer.

Após o emburrecimento total ele te lasca. Você não ve mais nada. Só acorda quando estiver estirado no chão e pergunta para quem estiver mais próximo de você: O que aconteceu? Foi isso que se deu comigo. Cai, levei uma marretada na cabeça e desmaiei. Um golpe de marreta que parecia flores. A principio não doeu. A dor é postergada. A dor é adiada, mas quando chega ele te mata. Mata o corpo e fere a alma. Mata sonhos e fere o futuro. A marreta do demonio é sinistra. O demonio tem corpo de mulher e força de homem. Tem encanto de sereia e veneno de cobra. O demonio tem aparencia de pomba e sutileza de serpente.

O demonio fala sem falar. Arquiteta sem se deixar notar. O demonio é traiçoeiro ele é especialista em golpes fatais. De fato ele me pegou de um jeito que não consigo sair sozinho. Pois, a final, quem pode? Mas digo sem medo de erra, fica com o diabo quem quer. Como não quero ter o demonio como companheiro peço a Jesus Cristo para me libertar das garrras infernais. O maior gosto do demonio é quando ele ver que conseguiu o que queria. O apetite dele é ver os homens morrerem. Ele viu minha morte de pé. Sentou, sorriu, deu um sopro de alívio e gritou: “mais um, consegui”. No inferno foi só glória. O demonio foi homenageado. Ganhou até medalha de honra. Ganhou a batalha sem se deixar notar. Uma das características do demonio é que ele é bem modesto. Não gosta de aparecer. Ele gosta de fazer com que os homens tenham prazer em aparecer mas, ele mesmo, por experiência, não gosta mais. Sabe que isso não vale apena. Só no momento oportuno. E o momento oportuno é o momento da comemoração. Ele comemorou. Se agachou. Sorriu. Olhou para mim estirado no chão e disse
“você perdeu”. Ele é covarde, batalhou sem declarar guerra. Isso é convardia. Não disse nada. Só chorei. Não por ter caido, mas por não saber que estava caido. A queda precede o lamento. O choro precede a lucidez.

  1. MEU INIMIGO
Morri. Estou morto. Uma morte vinda, talvez, em boa hora. Morrer é preciso, morrer é necessário. As vezes a queda é positiva. Mas não posso tampar o sol com a peneira, o diabo me marretou. Maldita marreta. Maldita batalha. Agora sei que estou caido. Morto no campo de batalha e o meu inimigo é o demonio. Preciso ressucitar.
  1. LUTAR ATÉ O FIM
se ainda não é o fim, é preciso lutar, a morte não invalida a guerra. A morte não põe ponto final a batalha. A ressurreição virá e não tardará. Quem pensa que o fim chegou se enganou por que ainda nem começou.

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