quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Sobre a Existência de Deus e a veracidade de sua Palavra




A afirmação “A BÍBLIA É TÃO ESPECULAÇÃO ARBITRÁRIA QUANTO QUALQUER OUTRO ESCRITO SOBRE DEUS “ não é nova, no século passado, a discussão da autoridade bíblica tem sido toldada por afirmações impetuosas, como esta acima, feitos por críticos não evangélicos em favor da guerra contra Deus. Ainda há quem esteja disposto a confiar nos escritores seculares, cujas credenciais em fornecer testemunho histórico são frequentemente, menos adequadas que as dos escritores bíblicos. Na tentativa de invalidar a Bíblia a alta crítica proporcionou alguns reversos espetaculares e até mesmo atordoantes, principalmente por achados arqueológicos.

Sei que a Bíblia deve ser aceita, acima de tudo, por fé. A Teologia é a penas uma tentativa de explicar a fé, a Teologia é um esforço humano de compreender a Deus. 

Quando Kant apresentou ao mundo o seu método filosófico, afirmando que tudo é "espírito" houve a invalidação da transcendência, como meio aceitável de se construir o saber. 

O anulamento da metafísica, pela acadêmia, como explicação aceitável da existência de Deus, inviabilizou algumas argumentações a respeito da veracidade e da autoridade da Bíblia. 

Deus é espirito e transcendente. O método Kantiano diz” Só vale o que é físico”. Se Deus não é físico, logo Deus não é aceitável. É a imanentização da Ciência. Só vale o que pode ser medido e mensurado. Só vale aquilo que pode ser observado por um sujeito.


Porém, não existe nenhuma raça humana que não tenha alguma noção de um Ser supremo e que, através das suas religiões, procure se aproximar dele. O homem tem em si partículas dessa origem divina, e por isso existe nele uma necessidade de um contato com a sua origem, que é Deus. Essa crença universal é uma evidência da existência de um ser Divino. 


Todo homem, diferente do animal, tem uma consciência. Esta consciência nos faz compreender que o Ser supremo é um ser moral. Portanto, o guia moral, imaterial, interiorizado dentro do homem é uma evidência de uma Lei superior, que não foi escrita no papel, mas dentro de cada homem. Essa consciência moral universal é uma evidencia da existência de um ser superior. Deste modo a ciência nunca tem a “última palavra”. 


O que hoje se afirma pela ciência amanhã outros desfazem, desse modo a ciência é uma mentira que dura até alguém inventar uma outra mentira. O Teólogo Luescher, constatou em uma de suas obras que, no ano de 1850, os críticos contra a Bíblia apresentaram setecentos argumentos científicos contra a veracidade da mesma. Hoje, mais de seiscentos destes argumentos já foram deixados por descobertas mais atualizadas. Mas o que a Bíblia afirma é como uma rocha – que não muda por causa das ondas do mar que se lançam contra ela. Não quero que a minha fé se apoie na sabedoria humana mas sim no poder de Deus.

Querem dizer que Deus não existe? Podem dizer.
Querem falar que o meu Deus está morto? Podem falar.
Querem dizer que o Cristianismo é uma porcaria? Podem dizer.
Querem dizer que a fé é para fundamentalistas religiosos? Podem dizer
Querem criticar? Podem criticar.

"Eu sei em quem eu tenho crido". Deus é uma realidade sempre presente.

A Bíblia é inerrante, ela tem autoridade interna e plenária. A Bíblia é inspirada...não foi escrita por vontade humana. Para Deus falar com os homens Ele deveria falar na língua dos homens. Deus escreveu os mandamentos e o que foi escrito se quebrou. Para o homem entender a "linguagem divina" era necessário transmitir essa mensagem em linguagem humana e para isso a mensagem deveria se humanizar e ser expressado por homens, contudo, inspirados pelo Espírito Santo.


O Livro Santo não foi cuspido do céu. Ele foi construído. Foi um processo Histórico, onde o homem entra no plano de Deus. 


Porém, há algumas questões que a inspiração divina não garante, como alguns querem afirmar que sim, desse modo  a inspiração divina não garante:
  1. Que tudo o que está registrado na Bíblia seja verdadeiro (em contraste com o que é ensinado ou sugerido no seu texto – Gn3.4)
  2. Que não existam hipérboles no texto (Cl 1.23)
  3. Que todas as afirmações a respeito de Deus e da criação sejam puramente literais (Hb 4.13; jó 38.7)
  4. Que todas as afirmativas factuais sejam tecnicamente precisas, pelos padrões modernos ( em contraste com uma precisão aceita na antiguidade )
  5. Que todas as afirmativas acerca do universo tenham sido feitas a partir de uma perspectiva astronômica moderna.
  6. Que todas as citações das devam ser literais ( em contraste com o fato de serem fiéis)
  7. nem que todas as citações devam ter a mesma aplicação que a do contexto original, em vez de terem a mesma interpretação (significado)
  8. Nem que a mesma verdade possa ser dita somente de uma forma.
  9. Nem que tudo o que um autor acreditava seja verdadeiro (em contraste com o que ele, na verdade, afirmou)
  10. Nem que a verdade seja tratada ou revelada de forma exaustiva.
  11. Nem que as citações feitas impliquem a veracidade da totalidade da obra mencionada, em vez de simplesmente da porção utilizada.
  12. Nem que a construção gramatical sempre siga a forma usual.

Aquele que é a Fonte da verdade não pode estar na mentira. A Bíblia é uma expressão do Espírito da Verdade. Logo, a Bíblia não pode estar em erro. Seguindo essa lógica podemos dizer, também que, na medida em que a Bíblia é a Palavra de Deus, ela não pode errar. A Bíblia é a Palavra de Deus. Logo, a Palavra de Deus não pode errar.

A maior evidência da veracidade da Bíblia é a ação dela direta na vida do homem.

Na afirmação “não há Deus” e “a Bíblia não é a palavra de Deus”, há uma confusão da estrutura interna do argumento com a expressão verbal. 

Quando se diz: O fato é que não existe absolutamente NENHUMA razão pra acreditar que essa coleção de escritos seja o discurso de Deus “ quer se provar a falta de credibilidade da Bíblia para isso utilizando os meios científicos. Quando se faz isso, como já havia falado anteriormente, é querer ter, os métodos científicos, como o único meio de prova válidos. Aquilo que não está provado por meio cientifico se torna mera opnião pessoal e subjetiva.


O que se objetiva com este argumento é a invalidação da própria “opnião religiosa”. O objetivo é "roubar" a validade pública da "opnião religiosa". É para a penas ser uma opnião privada, isolada, do individuo. Este é o objetivo.


Sendo assim, então vamos lá:
Em 1º lugar os métodos científicos, para discutir estes assuntos, a cerca de Deus, não valem nada. A Ciência não tem nenhuma condição de julgar este assunto. Quando se alega que “não existem provas” eles estão mentindo. O Deus da Bíblia é definido como Deus Onipotente, Onisciente e Onipresente. Ou seja, ele “está no universo”, e não “fora do universo”.

Que não existem provas cientificas sobre a existência de Deus todo mundo sabe, o anormal seria se houvesse. Me dê uma prova cientifica que o homem possui uma consciência? Não há provas cientificas sobre isso. Se não há provas cientificas sobre isso como posso aceitar a humanidade dos “humanos”? E isso vale até para o sentido biológico.

Os métodos utilizados para dizerem que não existem provas a cerca da existência de Deus e da veracidade de sua Palavra distorcem completamente a discussão. Qual é a prova ou a ausência de prova? Se eu digo que Deus é Onisciente, Onipresente e Onipotente é claro que ele não pode, se quer, se concebido como objeto externo. Se Ele está onipresente e onisciente  você não pode se destacar dele para observa-lo de fora.

O único método que existe para se saber se existe prova ou a ausência delas, de um ser assim definido, é o do aprofundamento da autoconsciência. Simplesmente por que você está dentro de Deus. “Nele vivemos, nos movemos e somos” disse o apóstolo Paulo . 

Somente no aprofundamento da autoconsciência é que podemos nos aprofundar no problema da discussão. Se você não faz isso é uma tolice dizer que não existem provas. Não existem provas da existência de um Deus externo, de um Deus “coisa”, de um Deus coisa maior que criou uma coisa menor, é claro que não existem provas disso, mas esta colocação é precisamente pueril.

A existência de uma entidade onipresente, onisciente e onipotente está dada pela simples existência da realidade, não é algo que seja contestável, a não ser que você prove que não existe consciência dentro da realidade, que não existe autoconhecimento. Se existe uma pessoa no universo, existe autoconhecimento no universo. Entende?

Se você pode dizer a palavra “EU” com alguma consciência de causa é porque isto existe dentro do universo. Você é que tem que provar que esta autoconsciência só existe em você e isso, convenhamos, que não faz o menor sentido. Pois para ela existir em você, obrigatoriamente ela deve existir no universo, haja vista que, você está dentro do universo.

Para que exista autoconsciência em você é necessário que exista autoconsciência no universo. E essa autoconsciência se atualiza mais efetivamente em alguns seres do que em outros isso não quer dizer que ela não esteja presente em parte alguma, porque no mais simples ato de conhecimento a consciência está presente,  p. ex. Quando você olha e vê uma pedra, a pedra está lhe passando alguma informação, como a informação da sua presença, estrutura e propriedades. Se você diz que as propriedades não mostram nenhuma informação e que ali só há a presença inerte do corpo do qual não há inteligência alguma, como é que você pode estudar a estrutura da pedra? Neste sentido, as pedras entendem mais de minerologia do que todos os minerologistas do mundo.

O conjunto complexo das leis minerológicas estão gravados na realidade, ou seja, há uma autoconsciência em estado passivo, que se auto atualizam quando você toma consciência destas coisas e da mesma forma ocorre com você mesmo.

Dentro de você, existem partes que são autoconscientes neste momento e existem partes que são autoconscientes de modo latente.

Aquilo que é real é possível agir no real. Então quando a Bíblia diz que Deus é onisciente, onipotente e onipresente ele não é na mesma modalidade, na mesma potencialidade em todos os lugares, se não, p. ex. Poderíamos canonizar um gato. Não é disso que se trata.

A onipresença é auto evidente. A quele que diz: “Não há Deus, a Bíblia é uma mentira” é ele é quem deve provar isso. Ou seja quem diz que, não há Deus e que a Bíblia não é a Palavra deste Deus, tem que provar que não há Deus e que a Bíblia é uma mentira e não eu que tenho que provar que há e que a Bíblia é verdade. entende?

Sendo assim, sabemos que toda e qualquer prova repousa sobre uma premissa e que o ônus da prova cabe a quem contesta. Se você contesta é você que tem que provar a sua contestação.

Quando se fala que Deus não existe é por que partem do pressuposto da relação sujeito X objeto. Mas a relação correta seria do transcendente e do imanente. Deus não é uma coisa externa que criou o universo. Deus é transcendente. Aquele que transcende por natureza abrange o universo. Deus não poderia criar o universo e ficar fora do universo uma única fração de segundo.

A criação do universo é uma das propriedades internas de Deus. O universo não está para Deus como uma coisa, mas como a expressão de uma de suas propriedades internas por isso que o apóstolo Paulo disse que “Nele vivemos, nos movemos e somos”. Nós estamos dentro do universo e o universo está aonde? O universo está dentro de Deus. Não estou tratando aqui de panteísmo. Onde está o universo se não dentro da eternidade? Se estivesse fora da eternidade não poderia existir por um único segundo. Então, se Deus é eterno, infinito como diz a Bíblia, logo ele não pode estar ausente. Se ele não pode estar ausente, você não pode observá-lo de fora. Você só pode compreendê-lo por participação. Você tem que intensificar sua participação neste senso de realidade universal para entender o que a Bíblia está falando. É isso que você não entende.

A busca da prova cientifica só é legitima dentro daquele território recortado e definido pela ciência. Isso quer dizer que nenhuma ciência pode estudar uma realidade concreta. A ciência só pode estudar recortes feitos hipoteticamente. E tudo o que ela diz só vale dentro deste recorte feito hipoteticamente. Nenhuma ciência pode dizer uma “A” sobre a realidade concreta, uma vez que, o conceito de realidade concreta não existe para a ciência.

Deus só pode existir como realidade concreta. Isso significa que todo o método cientifico para investigar a existência de Deus não vale “nada”.

É coisa de criança achar que o sujeito que tem um diplomade biologia ou de física pode estudar a existência de Deus e a veracidade da Palavra de Deus. Para investigar essas coisas precisa-se de um treinamento específico, coisa que essas pessoas não tem evidentemente.

Não é possível entender nada pelo método da ciência, absolutamente nada. A ciência se baseia na racionalidade humana. A ciência não pode testar retroativamente a racionalidade humana. Ela é dependente da racionalidade humana. Nenhuma questão fundamental pode ser testada independentemente. Sendo assim, a ciência contradiz a ela mesma neste aspecto e faz com que quem dela faz uso se embaralhe em perguntas e respostas que não se harmonizarão.

Portanto, achar que Deus não se manifesta na história e que ele não diz coisa alguma por revelação explicita e que não há revelação documentada é coisa de criança, só pode ser brincadeira. É querer fazer com que Deus se transforme em objeto de laboratório, é um absurdo. Não tem como fazer recortes de Deus. 



2 comentários:

Anônimo disse...

Oie ótimo texto Tiago! fantástico...fiquei até sem palavras..rsrs

bjuusss
Danielle

Anônimo disse...

Mininu, essas palavras são de Olavo de Carvalho. Não se esqueça dos créditos dele hein...